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De acordo com o professor, o projeto já conta com o apoio da prefeitura do local, que doou à universidade um terreno de 44 hectares para sediar os novos prédios. A meta inicial é ofertar cursos de graduação e pós-graduação em engenharia de exploração e produção de petróleo, e engenharia costeira e oceânica, bem como um curso profissionalizante de Pesca.
Segundo Carlos Alberto Dias, a reitoria da UFPA já obteve o sinal verde do Ministério da Educação para a construção do novo campus. "Devemos iniciar com cerca de 60 docentes residentes, que irão constituir o corpo docente de um instituto de ciência e tecnologia do mar e petróleo", explica. Espera-se deslocar para Salinópolis os atuais membros do corpo docente de oceanografia da UFPA, como também um grupo de docentes das áreas de geologia e geofísica. Serão abertos concursos para completar as 60 vagas iniciais.
O professor conta também que foi doada uma área no Parque Ecológico da Fonte do Caranã, para receber o prédio da Fundação Cultural de Salinópolis, como parte do projeto. "Já dispomos de recursos para a construção do prédio da Fundação, como também, a doação de duas bibliotecas especializadas, cada uma com cerca de mil títulos, sendo uma biblioteca brasiliana e a outra de literatura brasileira, para constituir o acervo inicial da fundação", afirma.
O pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Emmanuel Zagury Tourinho, destaca a importância da expansão da universidade. "A chegada da UFPA a Salinas representará uma significativa conquista acadêmica para o nordeste paraense e um avanço das condições para a pesquisa e pós-graduação na instituição", explica.
PVNS
O PVNS é uma iniciativa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) que tem como foco instituições federais de ensino superior (Ifes) criadas a partir do ano 2000 ou que participam do Reuni com campi fora de sede interessadas em receber professores-doutores de alto nível em seu quadro docente.
O objetivo é expandir científica e academicamente essas novas Ifes e apoiar o fortalecimento de grupos de pesquisa voltados para o desenvolvimento regional. Para isso, o PVNS concede às universidades bolsas de R$ 8.905,42 mensais, pagas diretamente aos professores-visitantes por um período de dois anos, prorrogável por mais dois, e passagens áreas, de ida e volta, entre o local onde ele resida e o da instituição.
O professor-visitante deve ser doutor há pelo menos dez anos, estar aposentado ou oficialmente licenciado, ser pesquisador nível 1 do CNPq ou equivalente, ter sido docente e pesquisador de reconhecida competência em sua área e ter produção científica relevante, notadamente nos últimos dez anos, entre outros compromissos. É preciso também que seja comprovada a necessidade da atuação do professor para o aprimoramento dos programas e projetos da Ifes, considerando a inserção socioeconômica e cultural da instituição.
O professor Carlos Alberto elogia a iniciativa de incorporar professores aposentados em projetos de implantação e desenvolvimento de novos campi universitários pelo Brasil afora. "Trata-se de um programa de altíssima relevância para o desenvolvimento do País, pois mobiliza a competência e a energia latente disponível de pesquisadores seniores nacionais aposentados, mas ainda em plena capacidade de trabalho, antes geralmente subutilizados", afirma.
Para o professor aposentado e agora bolsista, o PVNS possui a capacidade de reverter assimetrias regionais da educação superior do país. "Para as regiões mais carentes do País, como Amazônia, Centro-Oeste e Nordeste, este programa tem um potencial de mudança extraordinário", conclui.
Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (61) 2022-6259 begin_of_the_skype_highlighting (61) 2022-6259 end_of_the_skype_highlighting ou pelo e-mail pvns@capes.gov.br .
Fonte: CAPES
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